quarta-feira, 24 de novembro de 2010

As diferenças universitárias

As diferenças universitárias


Começo aqui relatando como são dias na Universidade Nova de Lisboa. Temos aulas pela manhã, tarde e noite, e uma curiosidade, não têm intervalo, se o professor não parar não comemos.
Ninguém sai da sala, a não ser que queira ir ao quarto de banho (banheiro), não é aquele entra e sai como na nossa Universidade, e os professores chamam a atenção, se por acaso alguém fizer isso, na frente dos colegas.
As aulas começam às 8h e vão até às 22h, a universidade oferece aulas nos três turnos, claro nem todos os alunos fazem aula o dia inteiro, mas os que começam às 11h, por exemplo, e param às 13h, não têm intervalo para o almoço, pois começa a aula das 13h às 16h, depois é que vão almoçar.
Tenho aula das 18h ás 22h, se o professor não fizer intervalo, nós não saímos, é muito estranho, porque têm dias que saio correndo de uma aula para outra, e não consigo comer. Aqui, os alunos é que trocam de sala, e não os professores, isso difere da Furg, então tenho aula em um prédio, e depois em outro que fica logo à frente, desço correndo quatro andares, atravesso o pátio, subo um vão de escadas e chego à próxima sala, e quando atraso-me a professora olha-me de um jeito.

Todas as disciplinas são semestrais, e ao final do semestre é feita uma prova, e ao logo dos meses vamos fazendo trabalhos. Aqui tem algo parecido com os nossos exames, que eles chamam de melhoria de notas. O aluno tem a oportunidade de melhorar a nota.
No Brasil a avaliação máxima é 10, aqui em Portugal são 20, é para passar o aluno tem que fechar 10 ao final do semestre, ou faz a melhoria de nota, sendo que não pode tirar menos de 10, por exemplo, se tirar 9 de 20 está reprovado, no semestre.
 A Universidade aqui é pública, mas só a chamam assim, porque ao contrário do Brasil, que não pagamos nada para estudar, aqui eles pagam 1.000,00 euros, para poder cursar em uma Universidade pública, e prestam o Exame Nacional, semelhante, ao ENEM, os aprovados pagam as propinas.
Ao contrario dos nossos professores que encontramos pelos corredores, beijamos e abraçamos, aqui é tudo muito formal, nós sempre os tratamos por senhor e senhora.
Claro que às vezes dou uma escapadinha. Faço aqui um parente para contar uma delas. Logo no primeiro dia da aula de Didática e Metodologia do Português, com o prof. João Costa, que é supervisor da faculdade, conversando após a aula, tratei-o por “tu”, no meio da conversa sem querer é claro, quando fui dirigi-me a ele, disse “tu”, sabes professor, algo do gênero. Ele olhou-me e falou és gaúcha, respondi que sim, e para minha sorte ele havia estudado quatro anos com um gaúcho, e desde então pediu-me para tratá-lo assim, muita sorte.

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