sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Vinhos do Porto e Douro, uma especialidade portuguesa

Lisboa recebeu mais uma edição do Porto e Douro Wineshow 2010, realizado no Convento do Beato, o evento contemplou a exposição de mais de 50 produtores de vinhos do Porto e do Douro, que apresentaram suas novidades, lançamentos de vinhos premiados, cozinha ao vivo e provas de vinhos, entre outras degustações.
O vinho do Porto é produzido exclusivamente a partir de uvas provenientes da região demarcada do Douro, no norte de Portugal a cerca de 100 km a leste do Porto.


Apesar de não ser uma apreciadora de vinho, eu estava lá, degustei muitas das provas que foram-me ofertadas, a quantidade e variedade de vinhos é surpreendente.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Lisboa... Lisboa...




Lisboa fria e bela...

Como Lisboa situa-se juntinho ao rio e ao mar, é uma cidade com clima moderado, no verão não é muito quente e no inverno não é muito fria. Em relação as restantes capitais européias.
No entanto, na altura do natal o tempo é frio, as temperaturas ficam em torno de zero grau. É normal ver os vendedores de castanha nessa altura do ano pelas esquinas da cidade, com seus carrinhos a deitar fumo, com um cheirinho típico de castanhas assadas. Para os portugueses um natal que não tenho frio não é um natal.
A noite de Lisboa é simplesmente fantástica, com suas casas de Fado, lugares típicos, não há quem venha a Lisboa e não vá escutar esse que é um típico som melancólico português.
Lisboa é uma viajem no tempo, em que podemos perambular por séculos em horas, minutos ou segundos, pois tudo está aqui é só contemplar.
Além de suas famosa culinária com pratos típicos portugueses: bacalhau à Brás, posta de bacalhau cozido de Braga; arroz de pato à moda Braga, cozido à Portuguesa, entre muitos outros pratos saborosos da cozinha portuguesa.
Não posso aqui deixar de falar dos famosos doces portugueses com seus típicos Pastel de Belém, e muitos outros doces deliciosos como, por exemplo: fatia douradas; aletria, bolas de Berlim, arroz doce, empanadilhas, filhovezes, entre tantos outros doces da culinária portuguesa.


Lisboa tem a famosa Brasileira do Chiado é um café emblemático, fundada em 1905, fica junto ao Largo do Chiado, onde podemos encontrar a famosa estátua de Fernando Pessoa, toda em bronze, não há quem passe ali e não tire uma foto.
É um ponto de visita obrigatório para os turistas que visitam a capital portuguesa. Fernando Pessoa permanece eternamente sentado a uma das mesas da esplanada, aguardando que queira dar dois dedos conversa ou, quem sabe, ouvir um dos seus poemas...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Miradouro de São Pedro de Alcântara

Miradouro de São Pedro de Alcântara
Um jardim com uma vista panorâmica sobre Lisboa



Miradouro situado no topo do percurso do Elevador da Glória, perto de uma das muitas entradas para o Bairro Alto, de onde se tem uma bonita perspectiva sobre o lado leste da cidade de Lisboa, nomeadamente os bonitos bairros da Graça e de São Vicente de Fora e o Castelo de São Jorge.


Junto à balaustrada encontra-se um painel de azulejos com o mapa da cidade representado, ajudando a identificar alguns locais de Lisboa.


As sombras das árvores que rodeiam o Miradouro tornam-no ainda mais agradável, aliadas aos confortáveis bancos para melhor usufruir da vista agradável.


A parte inferior do jardim geométrico contém bustos de heróis e deuses da mitologia greco-romana, como a Minerva e Ulisses.



As melhores perspectivas surgem ao fim do dia, quando as luzes de Lisboa se acendem e a encosta do castelo se ilumina.
À noite o miradouro é um popular ponto de encontro para os jovens lisboetas, que muitas vezes aqui se concentram para seguir viagem à famosa noite do Bairro Alto.


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Amo o 7 ou o 735( o último mico)

Amo o 7 ou o 735( o último mico)

Hoje foi um dia daqueles, não tivemos aula, porque é o dia da Greve Geral, quase tudo parou em Lisboa, e em Portugal como um todo. Mas como havia combinado de fazer um trabalho às 8h30min da manhã com uma colega, levantei-me e fui de autocarro (ônibus) até sua casa, porque esses mesmo com a frota reduzida circularam.
Após sair terminarmos o trabalho tentei retornar a casa onde moro, tentei. Moro em Anjos e minha colega em Campo Grande, de autocarro uns 15 minutos. Como presto a atenção, vocês já sabem disso, fui para a parada, e quando o autocarro parou perguntei ao motorista, se iria para Alameda, lugar próximo de onde moro, porque como eu queria passar no Pingo Doce (mercado), ficaria perto.
O motorista muito gentil disse-me que não, mas que eu fosse com ele, que deixar-me-ia em um local, que passaria o auto carro 714, que levar-me-ia até Alameda. Como não vi problemas, subi e ele continuou a dirigir, até metade do caminho eu conhecia alguma coisa. Derepente ele manobrou para a direita, achei estranho, pois teríamos que ir para a esquerda. Pensei que o autocarro iria fazer uma volta diferente.
Depois de meia hora, não conhecia mais nada, fui ter com ele, e disse-me, vou deixá-la em uma parada, para pegares o 714. Comecei a ler as placas que diziam “saída de Lisboa”, pensei deve ser uma volta maior. Quando chegamos a Alfagides um distrito de Lisboa, parou e mandou-me ficar ali esperando, que logo viria o 714, para Alameda.
O tempo foi passando, 20 minutos, 30 minutos, 1 hora, até que parou outro autocarro 250, que não era o 714, e fui ter com o motorista, e perguntei a ele, que docemente respondeu-me, estais no lugar errado, vem levo-te de volta a Campo Grande. Mas logo avisou-me tenho que ir até o fim da linha, como já havia passado das 13h, e eu tinha saído de Campo Grande as 11h, o que seriam mais 20 minutos.
Ele seguiu seu trajeto até Alges, outro distrito de Lisboa. Quando retornei o Campo Grande já passavam das 14h, juro que pensei em pegar um táxi, mas naquela altura, resolvi vou esperar o autocarro 7 ou o 735, como o motorista do 250 ensinou-me. Mas confesso só pensava em matar o primeiro motorista.
Como estava com muita fome, comprei bananas e peras, para comer, e fiquei sentada na parada até às 15h, quando o meu amado numero 7 chegou. Então das 11h às 15h passaram-se 4h, tudo isso por uma informação errada.
Como o motorista era português, digo era, pois quando encontrá-lo vou matá-lo, mas compreendo-o, trabalhar no dia da Greve Geral deve não deve ser uma coisa boa. Então, ele tinha que descontar em alguém, e adivinha quem escolheu “EU”, acho que sou portuguesa, pois desde que cheguei aqui, só pago mico.....ahahhaah.
Não posso deixar de mencionar que durante todo esse percurso que durou aproximadamente 4h ou 4h30min, estava a falar com um amigo e colega de aula, João, que é português, e orientava-me pelos caminhos desconhecidos. Como sei que vais ler, quero aqui agradecer, pois acho que não o fiz, e se fiz foi de uma maneira muito superficial, obrigado João.

As diferenças universitárias

As diferenças universitárias


Começo aqui relatando como são dias na Universidade Nova de Lisboa. Temos aulas pela manhã, tarde e noite, e uma curiosidade, não têm intervalo, se o professor não parar não comemos.
Ninguém sai da sala, a não ser que queira ir ao quarto de banho (banheiro), não é aquele entra e sai como na nossa Universidade, e os professores chamam a atenção, se por acaso alguém fizer isso, na frente dos colegas.
As aulas começam às 8h e vão até às 22h, a universidade oferece aulas nos três turnos, claro nem todos os alunos fazem aula o dia inteiro, mas os que começam às 11h, por exemplo, e param às 13h, não têm intervalo para o almoço, pois começa a aula das 13h às 16h, depois é que vão almoçar.
Tenho aula das 18h ás 22h, se o professor não fizer intervalo, nós não saímos, é muito estranho, porque têm dias que saio correndo de uma aula para outra, e não consigo comer. Aqui, os alunos é que trocam de sala, e não os professores, isso difere da Furg, então tenho aula em um prédio, e depois em outro que fica logo à frente, desço correndo quatro andares, atravesso o pátio, subo um vão de escadas e chego à próxima sala, e quando atraso-me a professora olha-me de um jeito.

Todas as disciplinas são semestrais, e ao final do semestre é feita uma prova, e ao logo dos meses vamos fazendo trabalhos. Aqui tem algo parecido com os nossos exames, que eles chamam de melhoria de notas. O aluno tem a oportunidade de melhorar a nota.
No Brasil a avaliação máxima é 10, aqui em Portugal são 20, é para passar o aluno tem que fechar 10 ao final do semestre, ou faz a melhoria de nota, sendo que não pode tirar menos de 10, por exemplo, se tirar 9 de 20 está reprovado, no semestre.
 A Universidade aqui é pública, mas só a chamam assim, porque ao contrário do Brasil, que não pagamos nada para estudar, aqui eles pagam 1.000,00 euros, para poder cursar em uma Universidade pública, e prestam o Exame Nacional, semelhante, ao ENEM, os aprovados pagam as propinas.
Ao contrario dos nossos professores que encontramos pelos corredores, beijamos e abraçamos, aqui é tudo muito formal, nós sempre os tratamos por senhor e senhora.
Claro que às vezes dou uma escapadinha. Faço aqui um parente para contar uma delas. Logo no primeiro dia da aula de Didática e Metodologia do Português, com o prof. João Costa, que é supervisor da faculdade, conversando após a aula, tratei-o por “tu”, no meio da conversa sem querer é claro, quando fui dirigi-me a ele, disse “tu”, sabes professor, algo do gênero. Ele olhou-me e falou és gaúcha, respondi que sim, e para minha sorte ele havia estudado quatro anos com um gaúcho, e desde então pediu-me para tratá-lo assim, muita sorte.